Sendo Escravo de Jesus
"Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem
vive, mas Cristo vive em mim", Gl 2,19-20.
Estas palavras significam que um fim foi dado à minha
independência pessoal através de minhas
próprias mãos, para me submeter totalmente à supremacia do Ser Supremo
que é Jesus Cristo. Ninguém poderá fazer isto por mim; tenho que ser eu mesmo a
fazê-lo. Deus poderá fazer-me chegar à beira dessa decisão trezentas e sessenta
e cinco vezes por ano, mas não pode obrigar-me
a tomá-la. Essa decisão implica o rompimento da casca da minha
independência em relação a Deus e na colocação da minha personalidade numa
perfeita sintonia e união em uníssono com ele e nunca em prol de minhas
próprias idéias, mas visando absoluta lealdade a Jesus. Um vez alcançada essa posição, não existirá mais espaço
para qualquer discussão. Poucos de nós sabem realmente o que é ser leal
a Cristo e a todos os seus princípios e o que significam as palavras:
"…por minha causa", Mt 5,11. É
essa lealdade que torna o cristão inabalável e impenetrável por outro amor.
Esse rompimento já se deu dentro de si? Tudo aquilo que
passar disso será uma absoluta fraude religiosa.
Existe uma única coisa para ser resolvida: renunciar, render-me a Jesus
Cristo sem impor quaisquer condições quanto à forma desse rompimento de águas.
Primeiro, tenho que me desprender da minha realização
pessoal; feito isso, realiza-se imediatamente a identificação sobrenatural
por dentro e o testemunho do Espírito de Deus será inconfundível: "Fui crucificado com Cristo".
Renunciar deliberadamente a todos os meus próprios direitos para me
tornar escravo de Jesus Cristo é o grande mecanismo do cristianismo. Enquanto
eu não puder fazer isso mesmo, nem sequer
comecei a ser discípulo ainda.
Caso apenas um aluno por ano ouvisse e fosse plenamente
obediente ao chamado de Deus, isso seria razão suficiente para que Deus
permitisse a existência desta escola. Como
instituição acadêmica, ela não tem valor; ela só existe para que Deus se tenha como vir servir da vida dos
alunos que são seus. Irá ele servir-se de
nós, ou estamos obcecados pelo ideal daquilo que viremos a ser ainda um dia,
pensando que Deus nos servirá ainda com essa finalidade?
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