12 de Março
Uma coisa terrível aconteceu a Caifás. A religião deixou o âmbito do respeito pelas pessoas, da preocupação imediata pelo outro, pela comunhão. Para Caifás, o sagrado tornou-se instituições, estruturas, abstrações. Caifás dedica-se ao "povo". Portanto, indivíduos, homens de carne e osso, pessoas de verdade são descartáveis. Caifás dedica-se à "nação". Mas a nação não sangra como Jesus. Caifás dedica-se ao "templo", mero edifício, tijolo e argamassa impessoais. Caifás torna-se ele mesmo impessoal, não mais um ser humano caloroso, mas um robô, tão fixo e rígido quanto o seu próprio mundo imutável.
A escolha normalmente apresentada aos cristãos não é entre Jesus e Barrabás. Ninguém quer parecer um assassino inegável. a escolha com a qual temos de tomar cuidado é ente Jesus e Caifás. E Caifás pode nos enganar. É um homem muito "religioso".
Com a boca o ímpio pretende destruir o próximo,
mas pelo seu conhecimento o justo se livra.
Provérbios 11,9
Meditações para Maltrapilhos - Brennan Manning
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