O Lado Infamante do Relacionamento
"Temos chegado a ser considerados lixo do mundo",
1Co 4.9-13
Essas palavras não são nenhum exagero. A razão por que não
as aplicamos a nós que achamos ser ministros do evangelho, não é porque Paulo
teria exagerado dizendo isso, mas porque nosso comprometimento é deslavado ao
ponto de não nos permitirmos ser tidos como a escória deste mundo. "Preencher
o que resta das aflições de Cristo", Cl 1,24 não é simples resultado de
santificação pessoal, mas antes de haver sido "separado para o
evangelho".
"Não estranheis o fogo ardente que surge no
meio de vós, destinado a provar-vos", diz Pedro. Se estranhamos as coisas
com que nos deparamos, é porque somos covardes e medrosos e o tipo de
compromisso que assumimos será dos que nos quer manter afastados do lamaçal:
"Não me submeterei, nem me dobrarei". Não será preciso que o faça;
você poderá ser salvo por um triz, se o quiser. Ou, então, poderá dizer:
"Não me importo de ser tratado como escória do mundo, desde que o
evangelho seja proclamado". O servo de Jesus Cristo é aquele que está
pronto a caminhar para a morte através da realidade do evangelho de Deus.
Quando alguém que se considera decente demais e se acha diante da rejeição,
desprezo, baixeza, imoralidade ou mesmo diante da traição, sua reação
instintiva é tão repulsiva contra esses males que seu próprio coração se fecha
para com o desprezador. A maravilha da realidade redentora de Deus está em que
nem mesmo o pior e o mais vil pecador atingirá com dor os limites primordiais
do Seu amor. O que Paulo disse não foi que Deus o separou para mostrar como
poderia transformá-lo num homem notável, mas antes disse que seria "para
manifestar seu Filho em mim”.
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