O "Vai" da Renúncia
"Seguir-te-ei para onde quer que fores", Lc 9,57
A atitude do Senhor para com esse homem provoca em nós um
severo revés e desencorajamento, “porque
ele sabia o que o que estava no homem”, João 2,25. Nós diríamos: "Imagine
só, perder a oportunidade de ganhar aquele homem para Deus!" "Imagine só, fazer soprar em torno dele um
vento congelante o qual o fez recuar
em desanimo!" Nunca peça desculpas a ninguém pelas palavras do Senhor Jesus. Elas até a nós nos podem vir a
magoar e ofendem até que não haja mais nada em nós que possa ser magoado ou ofendido por Ele. Jesus Cristo não
demonstra a menor brandura com qualquer coisa que, no final das contas, possa vir a destruir alguém que está colocado ao
serviço de Deus. As respostas do Senhor
não se baseiam em caprichos, mas no seu conhecimento pessoal da própria natureza
humana. Se o Espírito de Deus trouxer à sua mente uma palavra do Senhor que o magoa ainda, pode estar certo de que há alguma coisa em si que ele deseja ferir de morte!
Luc.9:58. Estas palavras
destroem qualquer argumento em mim de que servir a Jesus Cristo é algo
feito pelo prazer pessoal que auferimos para servi-lo. O rigor da rejeição mata
tudo, deixando apenas meu Senhor e eu a sós para nos encararmos como somos e
uma desolação em forma de esperança queimada e destituída. "Não penses nas
recompensas prometidas; tua estrelinha deve ser teu relacionamento primordial
comigo; e lembra-te sempre que eu não tenho onde reclinar nem a minha cabeça
nem a tua, a menos que queiras recliná-la em Mim".
Luc.9:59. Esse homem
nunca queria desapontar ou decepcionar Jesus, mas também não desejava desapontar
e magoar seu próprio pai. Temos a tendência de colocar a lealdade para
com os nossos parentes, esta tomando o lugar da lealdade que a Jesus Cristo
deve ser exclusiva e dedicada e Jesus acaba em último lugar ou num lugar
secundário de nossas vidas e desejos. Sempre que houver conflito de lealdades,
obedeça a Jesus Cristo acima de tudo, custe
o que custar e a quem custar.
Lc 9,61. Aquele que sempre diz: "Sim, Senhor,
mas..." é o que tem nele uma disposição permanente e incrível, mas nunca
vai sempre que deve – só vai quando não deve. Esse homem impôs algumas de suas próprias condições ao Senhor. O exigente
chamado de Jesus Cristo não deixa margem para despedidas, porque a
despedida, do modo como geralmente a praticamos, é anticristã. Quando ouvir o
chamado de Deus, ponha-se a caminho e não pare nunca para olhar para trás em
algum momento menos bom de toda a sua vida sequer.
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