Devocional Diário TUDO PARA ELE, de Oswald Chambers Publicação: Editora Betânia.

IMPORTANTE: AS DEVOCIONAIS DIÁRIAS ESTÃO ARQUIVADAS E VOCÊ PODE PESQUISAR O DIA DO ANO QUE QUISER E LER A QUALQUER MOMENTO.


Passo a publicar também, algumas meditações de Brennan Manning, do devocional "Meditações para Maltrapilhos". (dez/2011)

"Estas leituras diárias foram coletadas de várias fontes, mas principalmente de conferências proferidas por Oswald Chambers no Bible Training College, Clapham, durante os anos de 1911 a 1915; depois, de outubro de 1915 a novembro de 1917, das palestras feitas nos cultos noturnos dos acampa-mentos do Y.M.C.A (Associação Cristã de Moços), em Zeitun, no Egito.

Em Novembrode 1917, meu marido foi chamado à presença de Deus. Desde então muitas dessas palestras foram reunidas em volumes e publicadas. Parte destes textos é constituída de mensagens pronunciadas durante a hora devocional no colégio - hora que, para muitos alunos, foi um marco em sua vida espiritual. "

"Os homens estão sempre se voltando aos poucos que dominam o segredo espiritual, cuja vida está escondida com Cristo em Deus. São os da religião dos velhos tempos, pendentes dos cravos da cruz." (Robert Murray McCheyne.).

Por sentir que o autor desta obra é um desses, cujos ensinamentos os homens voltam sempre a consultar, é que este livro foi preparado e lançado com uma oração para que, dia a dia, suas mensagens continuem a produzir a vida e a inspiração vivificantes do Espírito Santo".
B.C. 1927

30/06/2010

30 de Junho


Faça-o Agora!
"Entra em acordo sem demora com o teu adversário." Mt 5,25

Este é um princípio que Jesus Cristo estabeleceu: faça agora o que você sabe que tem de fazer, só que sem demora; se o não fizer, o inevitável processo de descalabro entrará em cena e você terá que “pagar até o último ceitil” em dor, em angústia e aflição, Mt 5,26. As leis de Deus são inalteráveis; nunca haverá jeito de se escapar delas. O ensinamento de Jesus vem de encontro com a nossa própria maneira de ser.
Fazer com que eu recupere meus direitos perante meu adversário, é coisa de homem natural; mas Jesus diz que é imperativo para mim, uma questão de importância eterna, que eu devolva e pague a meu adversário aquilo que lhe devo. Do ponto de vista do Senhor, não importa se sou defraudado ou não; o que importa é que eu não defraude ninguém. Estou defendendo meus direitos ou estou pagando o que devo, do ponto de vista que Jesus Cristo insistiu?
Tome uma atitude certa sem demoras, coloque-se agora em juízo contra si mesmo. Em questões morais e espirituais, você tem que fazê-lo imedia­tamente; se não o fizer, o inexorável processo de toda a justiça entrará logo em cena. Deus está decidido a fazer com que todos os Seus filhos sejam puros, limpos e alvos como a neve e enquanto houver desobediência em qualquer pormenor de tudo quanto ensinou a aprender, ele não impedirá a ação do seu Espírito Santo. Nossa insistência em provar que estamos com razão é, quase sempre, um indício de que já houve alguma desobediência de fato. Não é de admirar que o Espírito insista com tanta firmeza em que andemos constantemente na luz como Ele!
"Entra em acordo sem demora com o teu adversário". Será que você teve só agora e de repente uma nova convicção sobre seu relacionamento com alguém e descobriu, por acaso, que havia ódio em seu coração? Confesse-o sem demora, coloque isso imediatamente diante de Deus; reconcilie-se com essa pessoa, mas faça-o já!

29/06/2010

29 de Junho


A Disciplina Mais Severa
"E se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros e não vá todo o teu corpo para o inferno", Mt 5,30

Jesus não disse que todos devem cortar fora a sua mão direita caso esta os faça tropeçar, mas o que disse foi: "Se tua mão direita te faz tropeçar, corta-a". Há muitas coisas que são perfeitamente legítimas, mas se quisermos concentrar-nos em Deus não poderemos vir a fazê-las. Sua mão direita é uma das melhores coisas que sabe usar, mas, diz Jesus, se ela o impedir de seguir os preceitos de Deus, corte-a fora de imediato. Essa linha de disciplina é a mais rigorosa que alguma vez foi apresentada à raça humana.
Quando Deus modifica uma pessoa pela regeneração, o que mais caracteriza a nova vida é a mutilação. Existem centenas de coisas que você não ousa fazer, coisas que para si e aos olhos dos outros que o conhecem, equivalem à sua mão direita e ao seu olho; e uma pessoa carnal diria: "Que mal há nisso? Você está louco!" Ainda não existiu um servo de Deus que não tivesse de viver desde o início uma vida mutilada. Mas é melhor entrar na vida eterna mutilado, mas lindo aos olhos de Deus, do que ser lindo aos olhos dos homens e coxo aos olhos de Deus. No começo da vida cristã, Jesus Cristo, pelo seu Espírito, tem que impedi-lo de fazer um grande número de coisas que, para os demais, talvez sejam perfeitamente aceitáveis, mas que não podem ser para si. Mas cuidado para não usar suas limitações para criticar seu irmão a quem a mão dele não o faz tropeçar.
No começo é uma vida mutilada; contudo, logo adiante, Jesus esboça o quadro de uma vida plena e equilibrada: "Sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste", Mt 5,48.

28/06/2010

28 de Junho



Conquistado em Deus
"Para conquistar aquilo para o que também fui conquistado", Fl 3,12

Não resolva por si mesmo o ter de se lançar para o ministério; mas, se Deus colocar em seu coração o chamado, ai de si caso se desvie para a direita ou para a esquerda dele. Não estamos aqui a trabalhar para Deus por decisão pessoal, mas porque Deus nos conquistou. Nunca devemos nutrir o pensamento: "Tudo bem, mas não estou capacitado para isso". O que temos de pregar é determinado por Deus, não pelas nossas próprias inclinações e desejos naturais. Mantenha sua alma sempre bem relacionada com o seu Deus e lembre-se de que você é chamado, não apenas para dar testemunho, mas para pregar o evangelho. Todo cristão tem que testemunhar, mas quando se trata de haver sido chamado para pregar, temos que sentir a firme pressão da mão de Deus sobre nós, pois nossa vida tem sido assegurada por ele com essa finalidade única. Quantos de nós concluímos haver sido seguros para isso?
Nunca dilua a Palavra de Deus por conveniência; pregue-a em sua integral severidade. Deve haver uma inabalável lealdade à Palavra que é de Deus; mas, quando você for tratar pessoalmente com seu semelhante, lembre que você não é um ser especial, caído do céu, mas antes um pecador salvo pela graça. "... Quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço...", Fl 3,13.

27/06/2010

27 de Junho



Sob a Libertadora Presença Pessoal de Deus
"Eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor", Jr 1,8

Deus prometeu a Jeremias que o libertava pessoalmente: "Eu te darei a tua vida como despojo", Jr 39,18. Isso é tudo o que Deus promete a seus filhos. Aonde quer que Deus nos envie, ele preservará nossas vidas. As coisas que possuímos, os nossos bens não são importantes, não são nossas vidas. Temos que nos manter desprendidos de todas essas coisas; se não o fizermos, poderemos ter temores, sofrimento e desolação sem vida.
O Sermão do Monte sugere que, quando estamos ao serviço de Je­sus Cristo, não há tempo para pensarmos em nos defendermos a nós mesmos. O que Je­sus diz, na verdade, é o seguinte: "Não se ocupe com o fato de es­tar ou não estar sendo tratado com justiça". Procurar ser tratado com jus­tiça é um sinal de que se está desviando da devoção integral e exclusiva a ele. Nunca queira receber justiça neste mundo; mas também nunca deixe de praticá-la só porque não a acha. Se procurarmos justiça, logo estaremos nos queixando e cedendo ao descontentamento e à auto-piedade: "Por que estou sendo tratado assim deste jeito?" Se somos consagrados a Jesus Cristo, não devemos de nos importar com o que nos pode ainda vir a suceder, seja tal coisa justa ou injusta. Jesus diz: "Continue firmemente a fazer o que eu lhe disse e serei eu a guardar sua vida. Se você tentar protegê-la por livre arbítrio e por seus próprios recursos, afastar-se-á da minha proteção". Até mesmo o mais consagrado cristão pode-se tornar ateu numa situação dessas; deixamos de acreditar no que Deus diz; entronizamos o bom-senso e damos a esse bom-senso o nome de Deus. Estribamo-nos em nosso próprio entendimento em vez de confiar em Deus de todo nosso coração e alma somente, Pv 3,5-6.

26/06/2010

26 de Junho



Servirmo-nos da Graça de Deus – Já!
"E nós... vos exortamos a que não recebais em vão a graça de Deus", 2 Co 6,1

A graça que poderá haver recebido ontem não servirá para hoje. A graça é o favor transbordante de Deus para conosco; é um recurso com o qual sempre poderemos contar. "Na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias" é onde a nossa paciência será provada, 2Co 6,4. Por acaso está fracassando nesse teste vindo da graça de Deus? Ou afirma antes assim: "Bem, desta vez não conta porque não necessito dela”? Não é uma questão de orar e de pedir a Deus que o ajude; trata-se de apropriar-se agora da graça de Deus em Deus. Nós fazemos da oração a preparação prévia para o nosso trabalho; na Bíblia nunca é assim. A oração é a prática de se recorrer à graça de Deus. Não diga: "Suportarei isto até poder retirar-me e orar". Ore agora; recorra à graça de Deus no momento da necessidade. A oração é a prática mais normal e mais atuante e não se trata apenas dum reflexo da sua devoção a Deus. Deveras, os crentes são lentos demais a recorrer a esta fonte.
"Nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos", 2Co 6,5, em todas essas situações recorra à graça de Deus e logo, tanto você quanto os outros, se maravilharão de tudo quanto Deus faz. Recorra agora, não daqui a pouco. A palavra-chave do vocabulário espiritual é agora. Que as circunstâncias o levem para onde quiserem, mas continue recorrendo à graça de Deus em todas as condições nas quais se possa achar em dados momentos. Uma das maiores provas de que você se está valendo de toda a provisão da graça de Deus é se, ao humilhar-se, manifestar apenas a graça que Deus dá e nenhum outro recurso.
"Nada tendo..." Não guarde nada. Esvazie o que você tem de melhor de dentro de si, esteja sempre desprovido de tudo quanto se possa vir a recorrer no tocante a provisões pessoais. Nunca seja diplomático e poupado pelo tesouro que Deus lhe dá. “… E possuindo tudo”. Esse tipo de pobreza será sempre triunfante.

25/06/2010

25 de Junho



Preservar-se nas Chamas do Sofrimento
"Que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora. Pai, glorifica teu nome”, Jo 12,27-28

Como servo de Deus, minha atitude face ao sofrimento e a dificuldades não deve ser a de pedir que possam ser evitados, mas antes pedir que, passando pelo sofrimento, eu possa encontrar e preservar o "eu" que corresponde ao desígnio original de Deus para mim. O Senhor preservou-se entre o fogo do sofrimento; ele não foi salvo da hora mas através da hora.
Dizemos que não devia haver sofrimento, mas o sofrimento existe e temos que nos encontrar e nos manter viventes em suas chamas. Se tentarmos escapar ao sofrimento ou recusar a acertar nossas contas com ele, seremos insensatos. O sofrimento é um dos fatores mais importantes da vida; não adianta dizer que o sofrimento não deveria existir. O pecado e as tristezas e o sofrimento existem e não nos cabe a nós dizer que Deus cometeu um erro permitindo-os.
O sofrimento queima grande parte da nossa superficialidade, mas nem sempre nos torna melhores pessoas. O sofrimento ou edifica o meu ser ou o destrói por inteiro. Ninguém pode preservar-se no sucesso, pois perde a cabeça; nem pode preservar-se na monotonia, pois se porá a lamuriar-se. O lugar de encontrarmos nosso verdadeiro ser, é nas chamas do sofrimento. Por que razão deve ser assim é outro assunto, mas que isso é fato saberemos tanto através das Escrituras quanto através da própria experiência humana. Sempre se reconhece a pessoa que passou pelas chamas do sofrimento e se achou envolto nelas e também sabemos que podemos recorrer a essas pessoas e que a encontraremos sempre alguém nelas com tempo suficiente para atender-nos a qualquer hora. A pessoa que não passou pelas chamas do sofrimento penderá a ser desprezadora e não achará tempo para nós. Se você se encontrar e se preservar nas chamas do sofrimento, Deus fará de si o alimento preferido de outras pessoas.

24/06/2010

24 de Junho



Reconhecendo a Realidade do Pecado
"Esta, porém, é a vossa hora e do poder das trevas", Lc 22,53

O não reconhecimento da realidade do pecado é que provoca em nós os desastres da vida. Podemos falar sobre a nobreza da natureza humana, mas sempre há alguma coisa nela que rirá na cara de cada uma dessas belas idéias que temos sobre nós mesmos. Quem se recusa a reconhecer que no ser humano existe vício, egoísmo e algo profun­damente maligno e errado, quando a sua vida for atingida pelo pecado, em vez de reconhecer essa realidade, ele logo se acomodará e dirá que não adianta combatê-lo. Você já se preparou para essa hora, para enfrentar o poder das trevas, ou tem uma imagem de si mesmo que exclui o pecado de sua vida ainda? Admite que o pecado pode estar presente em seus relacionamentos e amizades? Se não, será pego de surpresa e fará concessões a ele. Se reconhecer o pecado como fato, perceberá imediatamente o perigo onde pode cair: "Sim, eu vejo o que poderia resultar de algo assim”. Reconhecer a realidade do pecado não destrói a base da amizade; apenas estabelece o mútuo assentimento de que a base da vida é trágica e precisa ser transformada. Evite sempre qualquer forma de encarar a vida que não reconheça o fato do pecado.
Jesus Cristo nunca confiou na natureza humana, todavia nunca foi cético nem desconfiado, porque confiava cabalmente no que ele podia fazer através da própria natureza humana. A pessoa pura é a pessoa mais protegida contra o dano e o perigo e não a que é inocente. Nunca se está seguro em casa de pessoa inocente, seja este homem ou mulher. As pessoas não deveriam desejar ser inocentes quando Deus exige que sejam puras e virtuosas. A inocência é característica da criança; por isso é bastante reprovável a atitude da pessoa que não reconhece a realidade do pecado para se poder tornar virtuosa.

23/06/2010

23 de Junho


Conhecer o Sofrimento
"Homem de dores e que sabe o que é padecer", Is 53,3

Não conhecemos o sofrimento do mesmo jeito que nosso Senhor o conheceu; suportamo-lo, passamos por ele, mas não o conhecemos profundamente. No começo não levamos em conta a realidade do nosso pecado. Adotamos uma visão racional da vida e dizemos que, se um homem controlar seus instintos e se disciplinar, pode levar uma vida correta e que acabará tornando sua vida igual à de Deus. Mas, à medida em que prosseguimos, descobrimos a presença de algo que não havíamos levado em conta, isto é, o pecado e isso transtorna todos os cálculos e planos futuros. O pecado tornou a origem de nosso pensar muito instável e imprevisível, incontrolável e por vezes irracional.
Temos que reconhecer que o pecado é um fato, não um defeito; o pecado é um motim contra Deus. Deus ou o pecado — um dos dois tem que morrer em minha vida; o Novo Testamento leva-nos a concluir isso mesmo. Se o pecado me governar, a vida de Deus em mim será chacinada; se Deus me governar, o pecado em mim será mortificado e morrerá. Não há outra conclusão a tirar para além dessa. O apogeu do pecado foi a crucificação de Jesus Cristo e o que foi realidade quando da vinda de Deus à terra, será também realidade na nossa vida. Temos que reconhecer o fato de que o pecado é a única explicação da vinda de Jesus Cristo ao mundo e a explicação para todas as dores e sofrimentos que possamos experimentar. 

22/06/2010

22 de Junho


A Inflexibilidade da Lei do Juízo
"Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido vos medirão também", Mt 7,2
Essa afirmação não é uma suposição casual, é uma lei eterna de Deus. Qualquer julgamento do qual você fizer uso, servirá de medida exata contra si próprio. Existe uma diferença entre retaliação e retribuição. Jesus diz que a base da vida é a retribuição: "Com a medida com que tiverdes medido, vos medirão a vós também". Se tem sentido muita facilidade em descobrir os defeitos dos outros, lembre-se de que essa será exatamente a medida que se aplicará a si também. O salário que vida lhe paga, será sempre o mesmo com o qual você pagou (só recebe da vida o que deu a ela). E essa lei se aplica desde o trono de Deus descendo até entre nós nos dias de hoje, Sl 18,25-26.
Rom.2 aplica esse princípio de uma forma ainda mais explícita, pois diz que aquele que critica o outro em qualquer coisa tem esse mesmo pecado ou defeito. Deus não olha apenas para o ato, ele olha para a possibilidade de este vir a ser cometido, olhando para a fonte que existe em nossos corações. Para começar, não acreditamos muito nas afirmações que a Bíblia contém. Por exemplo, acaso acreditamos nessa afirmação, de que somos culpados das coisas que possamos criticar nos outros? A razão por que vemos hipocrisia, mentira e falsidade nos outros é que tudo isso está de fato em nosso próprio coração também. A grande característica do servo de Deus é a humildade: "Sim, todas essas coisas e outros males ainda, ter-se-iam manifestado em mim não fosse a graça de Deus; por isso, não tenho esse direito de julgar ninguém".
Jesus diz: "Não julgueis, para que não sejais julgados". Se julgar, será julgado através da mesma medida que aplicou. Quem dentre nós ousaria apresentar-se diante de Deus e dizer: "Ó Deus, julga-me como tenho julgado meus semelhantes"? Temos considerado nossos semelhantes pecadores; se Deus fosse julgar-nos desse modo, estaríamos no inferno há muito tempo. Mas é com base na maravilhosa expiação de Jesus Cristo que Deus nos julga ainda.

21/06/2010

21 de Junho


O "Ministério da Vida Interior"
"Vós, porém, sois... sacerdócio real", 1 Pd 2,9

Através de que direito nos tornamos em "sacerdócio real"? Pelos direitos da expiação. Estaremos preparados para nos desconsideramos a nós próprios para nos lançarmos ao trabalho sacerdotal da intercessão? Aquele incessante auto-exame de nosso íntimo para ver se somos como deveríamos ser, gera um tipo de cristianismo mórbido e egocêntrico e nunca uma vida robusta e simples de um filho de Deus. Enquanto não entrarmos num relacionamento certo com Deus, viveremos como que pendurados por num fio e diremos: "Que mara­vilhosa vitória alcancei!" Não há nisso nada que demonstre que o milagre da redenção se realizou. Creia de todo o coração que a redenção está completa e não se preocupe mais consigo próprio, mas antes comece a fazer o que Jesus Cristo mandou — ore pelo amigo que vem procurá-lo à meia-noite, ore pêlos irmãos em Cristo, ore por todos os homens. Ore sabendo que você só é perfeito em Cristo Jesus e não quando se baseia nesse tipo de súplica: "Oh, Senhor, eu fiz o melhor que podia, por favor, ouve-me!"
Quanto tempo Deus irá levar para nos poder libertar do mórbido hábito de pensarmos em nós próprios ainda? Precisamos de nos enjoar de nós mesmos, até que não haja mais nenhuma surpresa diante de qualquer coisa que Deus possa dizer a nosso respeito. Nossa impie­dade é tão profunda que nunca chegaremos ao fundo do conhecimento dela. Existe apenas uma posição na qual somos rectos — em Cristo Jesus. Sempre que estivermos ali, temos que nos "derramar" em intercessão, com o máximo de esforço, nesse "ministério da Vida interior".

20/06/2010

20 de Junho


Já Chegou ao "Quando"?
"Mudou o Senhor a sorte de Jó, quando este orava pêlos seus amigos", Jó 42,10

A oração mórbida, egocêntrica, lamuriosa, prova que quero mostrar-me como certo e não se encontra no Novo Testamento. O fato de permanecer tentando ser reto perante Deus é sinal de que estou em fase de rebeldia contra a expiação. "Senhor, eu purificarei meu coração se responderes à minha oração; se me ajudares, terei uma vida certa". Não sou capaz de me tornar correto perante Deus; não conseguirei tornar minha vida perfeita. Só consigo acertar a minha vida com Deus se aceitar a expiação do Senhor Jesus Cristo como uma dádiva real. Serei suficientemente humilde para aceitá-la assim? Tenho que renunciar a todo tipo de reivindicação, parar com todo esforço pessoal e entregar-me de maneira definitiva nas mãos dele, para depois poder lançar-me ao trabalho e ao sacerdócio da intercessão. Muitas orações, na verdade, brotam de uma descrença na expia­ção. Jesus não está começando a salvar-nos; ele já nos salvou, a obra já está realizada e é um insulto pedir que ele a torne a realizar.
Se você não tem conseguido o resultado de cem por um, se não tem conseguido uma boa compreensão da Palavra de Deus, então comece a orar por seus amigos, entre no "ministério do interior". "Mudou o Senhor a sorte de Jó quando este orava pêlos seus amigos". O verdadeiro propósito de toda a sua vida como pessoa salva é a oração intercessória. Em qualquer situação que Deus o colocar, ore imediatamente; ore para que a expiação possa tornar-se realidade noutras vidas também, conforme tem sido na sua. Ore por seus amigos, agora; ore por aqueles com quem entra em contacto, mas ore agora.

19/06/2010

19 de Junho



A Devoção
"Tu me amas?... Apascenta as minhas ovelhas", Jo 21,16

Jesus não disse: "Converta as pessoas à sua maneira de pensar", mas antes disse "Cuide de minhas ovelhas; cuide para que elas recebam conhecimentos sobre Mim". Consideremos serviço aquilo que fazemos no sentido de trabalho cristão; Jesus Cristo chama de serviço aquilo que somos para ele, não o que fazemos para ele. O discipulado baseia-se na devoção a Jesus Cristo, não na adesão a uma crença ou a um credo. "Se alguém vem a mim e não aborrece... não pode ser meu discípulo", Lc 14,26. Não há persuasão, nem compulsão, mas simplesmente devoção: "Se você quiser ser meu discípulo, terá que ser inteiramente devoto a mim". A pessoa tocada pelo Espírito de Deus de imediato dirá: "Agora compreendo quem é Jesus". É essa a nossa fonte de devoção.
Temos colocado a crença na doutrina em vez da crença pessoal e é por isso que tantas pessoas se devotam a causas e tão poucas se devotam a Jesus Cristo em pessoa. As pessoas não querem devotar-se a Jesus, mas apenas à causa que ele lançou. Jesus Cristo é motivo da profunda aversão para a pessoa culta de hoje porque não relacionamos com ele a seriedade dum Amigo. O primeiro compromisso de nosso Senhor era com a vontade do seu Pai, não com as necessidades dos homens; a salvação dos homens foi um resultado natural de sua própria obediência ao Pai. Se eu me devotar apenas à causa da humanidade, logo ficarei esgotado e chegarei ao ponto em que meu amor vacilará; mas, se amo a Jesus Cristo ardentemente, poderei servir toda a humanidade ainda que os homens me tratem como a um tapete. O segredo da vida de um discípulo é a devoção a Jesus Cristo e a sua característica principal é a humildade e a baixeza. É como o grão de trigo que cai na terra e morre, mas depois brota e modifica toda a paisagem adjacente, Jo 12,24.

18/06/2010

18 de Junho


Prossiga Reconhecendo só Jesus
"E Pedro... andou por sobre as águas e foi ter com Jesus. Repa­rando, porém, na força do vento, teve medo”, Mt 14,29-30

O vento estava realmente forte, as ondas muito altas, mas Pedro, de início, não se apercebeu delas. Ele nem pensou nelas: só reconheceu o seu Senhor e, saltando do barco, caminhou logo sobre as águas. Mas depois que passou a tomar consciência de como eram as coisas, logo ali começou a afundar. Por que não poderia o Senhor tê-lo capacitado para caminhar debaixo das ondas tão bem quanto caminhara por cima delas? Ele bem podia, mas nem uma nem outra coisa seriam conseguidas a não ser pelo reconhecimento do Senhor Jesus da parte de Pedro.
Apoiados em Deus poderemos perfeitamente andar sobre quaisquer "ondas", mas assim que a auto-estima entra em cena, logo nos afundamos. Se estamos reconhecendo o Senhor, não precisamos preocupar-nos com o lugar onde ele nos coloca e nem com as circunstâncias que nos envolvem. As circunstâncias estão ali e assim que olhamos para elas somos derrotados, não conseguimos reconhecer Jesus e vem então a repreensão: "Por que duvidaste?" Quaisquer que sejam as circunstâncias, continuemos reconhecendo Jesus e sempre mantenhamos absoluta confiança nele.
Se contestarmos por um segundo sequer o que Deus nos fala, estará tudo acabado logo ali. Não abriguemos nunca a dúvida: "Será que ele falou mesmo?" Sejamos ousados. Lancemos tudo sobre ele de imediato. Não sabemos quando a voz de Deus soará, mas sempre que tivermos a percepção dela, por mais subtil que nos seja, entreguemo-nos de inteiro coração a ele. Só pela entrega é que o reconheceremos. Só através de uma entrega sem reservas perceberemos mais claramente da sua voz.

17/06/2010

17 de Junho


Cuide-se de Não Criticar os Outros
"Não julgueis, para que não sejais julgados", Mt 7,1

No que diz respeito a julgar, Jesus diz: "Não" O cristão comum é um indivíduo crítico ao extremo. A crítica faz parte das faculdades comuns do homem; mas, no campo espiritual, nada se consegue através da crítica. O efeito da crítica é a destruição dos potenciais daquele que é criticado; o Espírito Santo é o único que está em condições de criticar, só ele é capaz de mostrar o que está errado sem magoar nem ferir. É impossível entrar em comunhão com Deus quando se tem um espírito crítico, pois ele nos torna duros, vingativos, cruéis e nos deixa com a lisonjeira presunção de que somos superiores a quem acabamos de criticar. Jesus nos diz que, como discípulos, temos de cultivar um estado de espírito que não critica. Isso não se consegue de uma vez. Evite qualquer atitude que o coloque numa posição de superioridade.
Não há como escapar à sondagem de Jesus. Se estou vendo o argueiro no olho de alguém, isso significa que tenho uma trave no meu. Tudo o que possa ver de errado em si, Deus o encontrará em mim também. Todas as vezes que julgo alguém, condeno-me a mim mesmo, Rm 2,17-20. Chega de medirmos a vida dos outros. Sempre existe na vida dos outros um lado que desconhecemos. O que Deus tem que fazer é submeter-nos a uma limpeza espiritual própria; e, depois disso, não restará espaço de manobra para qualquer tipo de orgulho em nós. Nunca mais achei alguém de quem pudesse desesperar depois de verificar o que está em mim aparte da graça de Deus.

16/06/2010

Campos do Jordão recebe fórum contra a pedofilia

Cidade do Vale do Paraíba encampa política paulistana de prevenção do abuso sexual de crianças
Dia 1º de julho, quinta-feira, a cidade de Campos do Jordão receberá o 1º Fórum Regional de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes. O evento será realizado na Câmara Municipal, às 14h, e reunirá agentes sociais que lidam com público infanto-juvenil. Mais cedo, às 9h, o mesmo tema será discutido com pastores e líderes evangélicos, em encontro promovido por meio de parceria entre as igrejas locais.




Nas duas reuniões, o palestrante será o pastor, médico e vereador paulistano Carlos Bezerra Jr. O parlamentar é líder do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo, é o relator da CPI “da Pedofilia” e é o criador do 1º Observatório da Infância na capital paulista. A preleção será baseada na cartilha “7 Passos para o Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-Juvenil”. Com foco na capacitação para a prevenção do abuso, o material explica as diferenças entre exploração, violência sexual e pornografia infantil, orienta a identificar possíveis situações de abuso, indica como o abusador age na maioria das vezes, e ensina a perceber na criança sinais físicos e psicológicos de violência. Além disso, complementa essas informações trazendo seis locais e telefones em que é possível fazer a denúncia sob total sigilo.



Todos estão convidados a participar e também a nos ajudar nessa mobilização!

16 de Junho


Daria a Sua Vida?
"Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos..  mas  tenho-vos  chamado amigos", Jo 15,13-15

Jesus não nos pede que morramos por ele, mas que demos a vida para ele. Pedro disse: "Por ti darei a própria vida" e disse para valer; seu sentido de heroísmo era magnífico. Ai de nós se formos incapazes de fazer uma declaração como a que Pedro fez aqui ao Senhor. Só se percebe o sentido do dever através deste tipo de heroísmo. Alguma vez o Senhor lhe perguntou: "Darás a tua vida por mim?" É muito mais fácil morrer do que dar a vida, diariamente, com a convicção de um chamado divino. Não fomos feitos para os momentos de glória, mas temos que caminhar à luz deles em toda a nossa vida diária. Houve um único momento de glória na vida de Jesus no Monte da Transfiguração; depois, ele se esvaziou pela segunda vez da sua glória e desceu para se encontrar com o demónio no vale, Mc.9,1-29. Durante trinta e três anos Jesus deu sua vida para fazer a vontade do Pai; e João diz: "Devemos dar nossa vida pêlos irmãos", 1Jo 3,16, embora fazer isso seja contrário à própria natureza humana.
Se sou amigo de Jesus, tenho que dar minha vida por ele, com responsabilidade e deliberação. Isso é difícil, mas graças a Deus que é difícil. A salvação é fácil porque custou muito para Deus, mas a manifestação dela em minha vida torna-se difícil. Deus salva uma pessoa, unge-a com o Espírito Santo e depois lhe diz: "Agora desenvolva a sua salvação; seja leal a mim, mesmo embora a influência de tudo que o cerca o induza a ser desleal". "Tenho vos chamado amigos". Permaneça leal ao seu amigo, para se lembrar de que a honra dele está empenhada e penhorada em sua vida terrena.

15/06/2010

15 de Junho


Tome Uma Atitude
"Por isso mesmo... associai à vossa fé…", 2 Pd 1,5

Na Questão da Rotina. Você herdou a natureza divina, diz Pedro (v.4), portanto concentre a atenção na formação de hábitos, com toda a diligência. Ninguém nasce com o caráter formado; nem o adquire pelo novo nascimento; ele tem que ser desenvolvido, 2 Pd 1,4-5. Tampouco nascemos com hábitos; temos que formar hábitos baseados na nova vida que Deus colocou dentro de nós. Não fomos feitos para ser santinhos de auréola, mas pessoas comuns que vivem santamente, exibindo as maravilhas da graça de Deus com essa finalidade. A rotina é a pedra de toque do caráter. O maior impedimento e o maior tropeço para a vida espiritual, será querermos realizar grandes coisas. "Jesus... tomando uma toalha... passou a lavar os pés aos discípulos", Jo 13,3-5.
Há ocasiões sem brilho nem emoção; apenas a rotina diária das tarefas comuns. Entre um e outro momento de inspiração, a rotina é o meio usado por Deus para nos poder salvar de nós mesmos. Não espere que Deus lhe dê sempre momentos de emoção divina, mas antes aprenda a viver na rotina enfadonha através do poder de Deus.
O difícil é esse "associai". Afirmamos que não esperamos que nossa vida seja um mar de rosas e, todavia, agimos como se esperássemos que fosse assim! A obediência a Deus até num pequeno ponto tem por trás dela toda a onipotente força da graça de Deus. Se cumpro o meu dever, não por obrigação, mas porque acredito que Deus planeja todas as minhas circunstâncias, então, exatamente naquele momen­to da minha obediência toda a graça maravilhosa de Deus se torna minha através da expiação também. 

14/06/2010

14 de Junho


Tome Uma Atitude
"Permanecei em mim." Jo 15,4

Na Questão da Determinação. O Espírito de Jesus me é dado através da expiação que existe n’Ele — depois disso tenho que desenvolver com paciência uma forma de pensar, que esteja perfeitamente de acordo com a do meu Senhor. Deus não vai me fazer pensar como Jesus; eu tenho que fazê-lo por mim mesmo como Ele, ainda; tenho que levar cativo todo pensamento à obediência de Cristo. "Permanecei em mim" — em questões intelectuais, em questões de dinheiro, em todas as questões que fazem da vida humana o que ela pode ser para todos nós.
Estarei eu ainda impedindo que Deus participe em minhas circunstâncias porque acho que isso impedirá minha comunhão com ele? Que impertinência! Não importa quais sejam as circunstâncias de minha vida; posso estar tão certo de que permaneço em Jesus ao vivê-las com Ele, como estaria se participasse numa reunião de oração. Não preciso alterar nem ser eu a dar um jeito em minha situação. No caso do Senhor, a permanência no Pai era perfeita; onde quer que seu corpo estivesse, ele estava em comunhão com Deus. Ele nunca escolhia sua própria situação, mas submetia-se às determinações do próprio Pai. Pense na maravilhosa calma da vida do Senhor! Nossa vida com Deus tem sido uma constante agitação; não há em nós nada da serenidade da vida oculta com Cristo em Deus.
Pense naquilo que atrapalha sua permanência em Cristo: "Sim, Senhor, mas espere só um minuto; eu tenho que fazer isto: permanecerei contigo depois que isso acabar; no fim desta semana tudo estará certo e então ficarei contigo". Tome uma atitude; comece a permanecer em Cristo agora, já. Na fase inicial, será preciso um esforço contínuo até que isso se torne de tal forma uma prática de vida, que você acabe permanecendo nele inconscientemente. Resolva permanecer em Jesus onde quer que se ache.

13/06/2010

13 de Junho


 Chegando Lá
"Vinde após mim", Marcos 1,17
Onde as afinidades seletivas morrem e a entrega santificada revive. Um dos maiores impedimentos para irmos a Jesus é a desculpa do nosso temperamento. Nós fazemos de nosso temperamento e de nossos gostos naturais barreiras para chegarmos a Jesus. E a primeira coisa que percebemos quando vamos a Jesus é que ele não dá atenção a nenhuma de todas as nossas peculiaridades naturais. Temos aquela cisma de achar que podemos consagrar nossos dons a Deus. Não podemos consagrar o que não é nosso; só há uma coisa que podemos consagrar a Deus: o nosso direito sobre nós mesmos, Rm.12,1
Se você entregar a Deus os direitos sobre si mesmo que acha que tem de manter, ele fará com você uma experiência santificadora. As experiências de Deus são sempre bem-sucedidas. A marca peculiar de um servo de Deus é a originalidade moral com a qual brota a sua entrega total a Jesus Cristo. Na vida dele sempre existe essa maravilhosa nascente de vida original, porque o Espírito de Deus é uma fonte de água sempre fluindo, sempre cheia, repleta e saturada de vida. Ele reconhece que é Deus quem cria as circunstâncias de sua vida e consequentemente não há lamúrias, mas antes uma total entrega pessoal a Jesus. Nunca faça de sua experiência um princípio para outros; deixe que Deus seja tão original com outras pessoas quanto ele está sendo com você.
Se você se entregar a Jesus e caso vá a ele quando ele disser: "Vinde", ele continuará a dizer "Vinde" através de si também; você sairá reproduzindo o eco do "Vinde" de Cristo. Esse é o efeito produzido em cada alma que se rende ao apelo de Jesus e vai a ele.
Você já foi a Jesus? Ou irá agora?

12/06/2010

12 de Junho

Chegando Lá
"Mestre, onde assistes?... Vinde e vede" Jo 1,38-39

Quando o interesse próprio adormece e o verdadeiro interesse desperta. "E ficaram com ele aquele dia". É só isso que alguns de nós chegam a fazer; após isso, despertamos para as questões do dia-a-dia, o interesse próprio desponta e não ficamos mais com ele a partir dali. Não há condição de vida em que não possamos permanecer em Jesus Cristo.
"Tu és Simão... tu serás chamado Cefas". Deus escreve o novo nome só naquelas áreas de nossa vida das quais ele apagou o orgulho, a auto-suficiência e o egoísmo. Alguns de nós têm seu novo nome gravado apenas aqui e ali, como um sarampo espiritual. Em certas partes está tudo bem. Quando estamos em nosso melhor estado de espírito, parecemos crentes muito espirituais, mas não olhem para nós quando não estivermos nesse estado de espírito. Discípulo é aquele que tem o seu novo nome escrito por todo o seu ser; o egoísmo, o orgulho e a auto-suficiência foram completamente apagados e irradiados de si.
O orgulho é o auto-endeusamento e esse orgulho hoje em dia e em alguns de nós não é o dos fariseus, mas antes o dos publicanos. Dizer: "Oh, eu não sou nenhum santo", torna-se cómodo e aceitável do ponto de vista do orgulho principal do ser humano, mas é uma blasfémia inconsciente contra Deus. Significa literalmente que você está desafiando a Deus para torná-lo santo. Na verdade, o que está dizendo é: "Eu sou demasiado fraco e sem esperança; estou fora do alcance da expiação de Deus". A humildade diante dos homens pode ser uma blasfémia inconsciente diante de Deus. Por que você não é santo? É que, ou você não quer ser, ou não acredita que Deus possa torná-lo santo ainda. Tudo estaria bem, diz você, se Deus o salvasse e o levasse diretamente para o céu. Pois é exatamente isso que ele fará! "Viremos para ele e faremos nele morada". Não estabeleça condições; deixe Jesus ser tudo e ele o levará para a casa dele, não apenas por um dia, mas para sempre.

11/06/2010

11 de Junho

Chegando Lá
"Vinde a mim", Mt 11,28

Onde cessam o pecado e a tristeza e começam o cântico e o santo. Será que quero chegar lá? Agora que posso? As questões importantes da vida são realmente poucas e todas elas são respondidas pelas palavras — "Vinde a mim". Ele não diz: "Faça isto" ou "não faça aquilo"; mas "Vinde a mim". Se eu for a Jesus, minha vida real se harmonizará com meus desejos reais de vê-Lo; deixarei de fato o pecado e descobrirei de verdade que ali começa um cântico ao Senhor.
Você já foi a Jesus? Veja como é obstinado o seu coração; você é capaz de fazer qualquer coisa, menos dar este passo simples e infantil: "Vinde a mim". Se você deseja a verdadeira experiência de deixar de pecar, terá que ir ter com Jesus.
Jesus Cristo se faz pedra angular. Observe como ele usou a palavra "Vinde". Nos momentos quando você menos espera, ouve o sussurrar do Senhor — "Vinde a mim" e é imediatamente atraído por ele. O contacto pessoal com Jesus altera tudo dentro de si. Seja suficiente­mente simplório para ir a ele e comprometer-se com o que ele lhe diz somente. A atitude de vir é um desprendimento resoluto de tudo por parte da vontade do homem e uma entrega deliberada de tudo a Ele.
"... E eu vos aliviarei", isto é, eu vos sustentarei. Ele não diz: "Vou colocá-lo na cama, segurar sua mão e cantar para você poder dormir"; mas, sim, "Vou tirá-lo da cama, do desleixe e do desapontamento que desanima, saindo dessa condição de meio morto enquanto está vivo ainda e você será sustentado pela perfeição dessa atividade vital em si mesmo". E ainda somos capazes de nos tornar patéticos e falamos em "suportar a vontade do Se­nhor"! Onde fica nisso o poder e a majestosa vitalidade do Filho de Deus em si, como e onde se acha ela?

10/06/2010

10 de Junho


A Segunda Melhor Coisa a Fazer
"Buscai e achareis", Lc 11,9

Se não tiver encontrado, procure. "Pedis e não recebeis, porque pedis mal", Tg 4,3 Se você pede coisas à vida e não a Deus, está pedindo mal, ou seja, está pedindo movido por desejo de se poder auto-realizar. Quanto mais você se realizar, menos buscará a Deus. "Buscai e achareis". Esforce-se para limitar seus interesses a isso mesmo. Você já buscou a Deus de todo o coração, ou lançou-lhe apenas um fraco gemido depois de uma pontada de nevralgia moral? Busque, concentre-se e certamente achará.
"Ah! Todos os que tendes sede, vinde às águas", Is.55,1 Você tem sede, ou mantém-se antes totalmente desinteressado e indiferente — tão satisfeito com a sua própria experiência, que não quer mais nada de Deus? A expe­riência é a porta de entrada e não a de saída. Cuidado para não construir sua fé sobre experiências, pois logo se tornará hipócrita e obterá um espírito crítico. Não podemos dar a outra pessoa aquilo que encontramos, mas podemos torná-la desejosa de ter o que temos.
"Batei e abrir-se-vos-á", Lc 11,19. "Chegai-vos a Deus", Tg 4,8 Bata — a porta está fechada e você sente palpitações ao bater. "Purificai as mãos, pecadores", Tg 4,8 — bata um pouco mais forte e começará a perceber que está impuro. "Limpai o coração", Tg 4.8 — isso ainda é mais pessoal; significa que está bem mais resoluto ainda, que fará mais qualquer coisa. "Afligi-vos", Tg 4,9 — alguma vez você já se sentiu aflito diante de Deus devido ao estado de sua vida interior? Quando não lhe resta mais nem uma réstia de auto-piedade, mas apenas uma profunda aflição pelo espanto de verificar que tipo de pessoa você é? "Humilhai-vos", Tg 4,10 — bater à porta de Deus é humilhante mesmo — temos que bater como o ladrão crucificado. "A quem bate, abrir-se-lhe-á", Lc.11,10

09/06/2010

9 de Junho


 O Que Há a Fazer de Seguida?
"Pois todo o que pede recebe", Lc 11,10

Se não recebeu, peça. Não há nada mais difícil do que pedir. Ansiamos e desejamos, suspiramos e sofremos, mas só quando chegamos ao extremo é que pensamos em pedir. O sentimento de carência total faz-nos pedir. Alguma vez pediu sentindo a profundeza da sua própria pobreza moral? "Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus...", Tiago1,5; mas certifique-se de que realmente lhe falta sabedoria. Você não consegue confrontar-se com a sua realidade na hora que quer. Mas se você sentir que não é realmente espiritual, a segunda melhor coisa a fazer é pedir a Deus o Espírito, com base na palavra de Jesus Cristo, Lc 11,13. O Espírito Santo é o único que torna real em sua vida tudo o que Jesus fez por si.
"Pois todo o que pede, recebe". Isso não significa que você não terá certas coisas sem pedir, Mt 5,45 mas enquanto não chegar a pedir, não receberá pessoalmente de Deus. Esse "receber" signifi­ca entrar no relacionamento do filho de Deus e perceber, com apreciação inteligente e moral e com compreensão espiritual, que essas coisas vêm de fato de Deus.
"Se... algum de vós necessita de sabedoria..." Se você percebe que está necessitado, é porque se tornou real a sua necessidade; por isso, não torne a colocar as lapas da razão sobre seus olhos agora espirituais. Há pessoas que dizem: "Pregue-nos o evangelho simples; não nos diga que temos que ser santos, porque isso produz em nós um sentimento de pobreza triste e não é bom sentirmo-nos pobres assim". "Pedir" significa esmolar. Algumas pessoas são suficientemente pobres para lucrar com a própria pobreza e alguns de nós são assim também no plano espiritual. Nunca receberemos nada se formos interesseiros, caso peçamos movidos pela cobiça e não pela pobreza que temos descoberto em todos nós. Um pobre não pede movido por nenhuma outra razão que não seja a triste angústia da sua pobreza; ele não tem vergonha de esmolar: "Bem-aventurados os pobres de espírito", Mt 5,3

08/06/2010

8 de Junho


Qual o Próximo Passo?
"Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes", Jo 13,17
Permaneça sempre determinado a saber mais que os outros. Se você não cortar as amarras que ainda o prendem em seu cais favorito, Deus terá que rebentá-las através duma tempestade e arremessá-lo para o largo. Lance-se sobre Deus e deixe-se levar pelas fortes ondas do próprio propósito divino e seus olhos se abrirão logo. Se crê em Jesus de fato, não deve passar todo o seu tempo deliciando-se nas águas tranquilas da baía, sempre amarrado; você tem que atravessar a barra do porto, alcançar as águas profundas de Deus, para começar a aprender por si próprio, começar a ter discernimento espiritual pessoal.
Quando você entende que deve fazer algo e assim faz, imediatamente ficará sabendo algo mais. Verifique em que ponto se tornou espiritual­mente imobilizado e incapacitado e descobrirá que isso aconteceu quando havia algo que você sabia que deveria ter feito e não fez porque lhe pareceu não haver necessidade imediata para isso; por isso você perdeu a percepção e o discernimento e, neste momento de crise ficou espiritualmente distraído em vez de conseguir ganhar o controle de toda a situação de vida. É sempre perigoso recusar-se saber mais.
A obediência falsificada e forjada será sempre aquela mentalidade que o leva a inventar oportunidades de se sacrificar, onde o fervor é confundido com discer­nimento. Será mais fácil sacrificar-nos do que cumprir nosso propósito espiritual, que se encontra explicito em Rm 12,1-2. É muitíssimo melhor cumprir o propósito de Deus em nossa vida pelo completo discernimento de sua vontade, do que realizar grandes atos de sacrifício. "Obedecer é melhor do que sacrificar", 1Sm.15,22. Evite ficar relembrando como você era antes, quando Deus quer que você seja algo que nunca foi. "Se alguém quiser fazer... conhecerá...", João 7,17

07/06/2010

7 de Junho


A Maior Fonte de Poder
"E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei", Jo 14,13

Estarei cumprindo esse ministério de intercessão no meu interior? Não há nenhuma cilada, nenhum perigo de envaidecimento ou de orgulho neste tipo de inter­cessão; trata-se de um ministério oculto que produz frutos através dos quais o Pai é glorificado grandemente. Estarei permitindo que minha vida espiritual se fragmente e se instrumentalize, ou estarei fazendo convergir toda ela para um ponto central e crucial — a expiação realizada por meu Senhor? Será que Jesus Cristo está dominando, mais e mais, todos os interesses de minha própria vida? Se o ponto central, a grande influência atuante em minha vida, for a expiação do Senhor, então cada área de minha vida frutificará para ele.
Necessito fazer uso de todo o tempo que for necessário para compreender bem o que é o centro deste poder. De sessenta minutos estarei tirando apenas um para concentrar-me nisso? "Se permanecerdes em mim"— se continuar a agir e a pensar e a trabalhar a partir desse centro — "pedireis o que quiserdes, e vos será feito", Jo 15,7. Estarei permanecendo? Estarei reservando algum tempo para permanecer assim desse jeito ainda? Qual é o maior fator de poder em toda a minha vida? Será o trabalho, o ministério, o sacrifício por outros ou as tentativas de trabalhar para Deus? O que deveria exercer a maior influência em minha vida é a inteira expiação do Senhor em mim. O que mais nos molda não é aquilo a que dedicamos mais tempo, mas antes tudo o que exerce o maior poder sobre nós. Temos que decidir que nos delineamos e permanecemos nesse ponto fulcral.
"E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei". O discípulo que permanece em Jesus é a vontade de Deus e suas escolhas aparentemente livres são os decretos pré-estabelecidos por Deus. Misterioso? Logicamente contraditório e absurdo? Sim, mas uma gloriosa verdade para qualquer cristão limpo.

06/06/2010

6 de Junho


Desenvolva o que Deus Opera
"Desenvolvei a vossa salvação", Fp 2,12-13

Nossa vontade concorda com Deus, mas em nossa carne há uma inclinação que nos torna impotentes para fazermos o que sabemos que deveríamos estar fazendo. Quando o Senhor toca a consciência, a primeira coisa que a consciência faz é despertar a vontade e a vontade sempre se desperta para com Deus. Aí dizemos: "Mas eu não sei se minha vontade está de acordo com a de Deus". Olhemos para Jesus e descobriremos que nossa vontade e nossa consciência estão de acordo com a dele a tempo inteiro. Aquilo que nos leva a dizer: "Não vou" é algo menos profundo do que a vontade; é uma impiedade ou obsti­nação, que nunca estão de acordo com Deus. O que há de profundo no ser humano é a sua vontade, não o pecado.
A vontade é o elemento essencial na criação do homem por Deus: o pecado é uma inclinação perversa que entrou no homem. No homem regenerado a fonte da vontade é muito poderosa. "Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade". Temos que desenvolver com concentração e cuidado o que Deus opera; não realizar a nossa própria salvação, mas desenvolvê-la, firmando nossa fé de maneira resoluta e inabalável na completa e perfeita redenção do Senhor. Assim fazendo, a nossa vontade não contrariará a vontade de Deus; a vontade de Deus será a nossa vontade e nossas escolhas naturais estarão de acordo com a vontade de Deus e a vida passará a ser tão natural quanto o nosso próprio respirar. Deus é a fonte de nossa vontade, portanto estamos aptos a cumprir a vontade dele. A obstinação é como um brutamonte que rejeita esclarecimento; o único recurso contra ele é atacá-lo com dinamite e a dinamite é a obediência ao Espírito Santo.
Será que eu acredito que o Deus todo-poderoso é a fonte da minha vontade? Deus não só espera que eu faça a sua vontade, mas ele está em mim para fazê-la Ele próprio.

05/06/2010

5 de Junho


A Segurança que vem de Deus
"Porque ele tem dito... Assim afirmemos confiantemente...", Hb 13,5-6

Qualquer afirmação minha deve-se apoiar incondicionalmente sobre a de Deus. Deus diz: "De maneira alguma te deixarei", então posso afirmar com coragem: "O Senhor é o meu auxílio, não temerei", Hb 13,5-6 — não serei atemorizado pela apreensão. Isso não significa que eu não venha a ser tentado a ter medo, mas me lembrarei da afirmação de Deus. Estarei cheio de coragem como uma criança "esforçando-se" para atingir o padrão desejado pelo pai? A fé de muitas pessoas falha quando sobrevêm as apreensões; elas esquecem o significado da afirmação de Deus, esquecem de respirar fundo, espiritualmente. O único meio de conseguirmos arrancar de nós o pavor é prestar atenção ao que Deus afirma.
O que é que o está apavorando? Você não se acovarda diante dessa situação e resolve enfrentá-la, mas é dominado por um sentimento de pavor sempre que o faz. Quando não houver nada nem ninguém para ajudá-lo, diga: "Mas o Senhor é o meu auxílio, neste instante, na minha situação atual". Você está aprendendo a fazer afirmações depois de ouvir a Deus, ou simplesmente faz afirmações e tenta fazer a Palavra de Deus ajustar-se ao que faz? Aproprie-se da afirmação do Pai e depois diga com coragem: "Não temerei". Não importam o mal ou a injustiça que possam estar para ocorrer. Ele disse: "De maneira alguma te deixarei".
A fragilidade é outra coisa que se intromete entre a afirmação de Deus e a nossa. Quando percebemos o quanto somos frágeis face a dificuldades, as dificuldades se transformam em gigantes, nós nos transformamos em gafanhotos e Deus deixa de existir. Lembre-se da afirmação de Deus: "Nunca jamais te abandonarei." Teremos aprendido a cantar depois de ouvir Deus nos dar esse "tom"? Estaremos sempre possuídos de coragem para declarar: "O Senhor é o meu auxílio", ou estaremos sucumbindo?

04/06/2010

4 de Junho
O Deus que Nunca nos Pode Abandonar
"De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei", Hb 13,5

Que rumo toma o meu pensamento? Será que ele se volta para o que Deus diz ou para o que eu temo irá acontecer? Depois de viver o que Deus diz, estarei aprendendo a usar outra linguagem que não a dele? "Ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem", Hb13,5-6
"De maneira alguma falharei para contigo" — apesar de todo o meu pecado e egoísmo e obstinação e caprichos. Será que permiti que Deus me dissesse que ele nunca falhará para comigo? Se não ouviu essa declaração de Deus, então ouça-a de novo.
"Nunca jamais te abandonarei". Às vezes não é um problema que nos faz pensar que Deus nos abandonará, mas o trabalho enfadonho. Quando não há nenhuma "Montanha da Dificuldade" a ser escalada, nenhuma visão recebida, nada de maravilhoso ou de belo, apenas o dia-a-dia rotineiro, conseguirei ainda assim ouvir essa afirmação de Deus?
Imaginamos que Deus vai fazer alguma coisa excepcional, que ele está-nos preparando pouco a pouco para algum feito extraordinário, mas, à medida que avançamos na graça, descobrimos que ele está-se glorificando a si mesmo aqui, no momento presente. Quando temos essa afirmação de Deus nos sustentando, somos fortalecidos de maneira maravilhosa e aprendemos a cantar mesmo nos dias e situações mais comuns.

03/06/2010

3 de Junho
 O Segredo do Senhor
"O Segredo do Senhor está com os que o temem", Sl 25 14

Quando sabemos que alguém se tornou nosso amigo? É porque ele nos conta suas tristezas secretas? Não; porque nos fala de suas alegrias íntimas. Muitas pessoas podem confidenciar-nos suas tristezas, mas a marca definitiva da intimidade é a confidência das suas alegrias a nós. Alguma vez deixamos Deus nos contar alguma de suas alegrias, ou será que ficamos nós contando nossos segredos, falando incessan­temente e não lhe permitimos uma única oportunidade para conversar conosco? No início de nossa vida cristã, temos sempre muitos pedidos para fazer a Deus; depois descobrimos que Deus quer levar-nos a um relacio­namento com ele e também quer que tomemos consciência e posse dos seus objetivos. Estare­mos tão imbuídos do conceito de oração evidenciado por Jesus Cristo — "Faça-se a tua vontade" — a ponto de captar os segredos de Deus para nós também? Não são tanto as grandes bênçãos que tornam Deus mais precioso para nós, mas, sim, os pequeninos detalhes, porque estes demonstram a sua maravilhosa intimidade para conosco; e ele conhece todos os detalhes de nossa vida.
"... Ele o instruirá no caminho que deve escolher", Sl 25,12 A princípio, queremos ter consciência de estarmos sendo guiados por Deus; depois, à medida que prosseguimos, tomamos uma consciência mais constante da pessoa de Deus, que não precisamos perguntar qual é a vontade dele, porque nunca nos ocorre a idéia de optar por uma outra coisa. Se somos salvos e santificados, Deus nos guia até através das nossas escolhas normais e se escolhermos algo que ele não quer, ele nos dá um toque e teremos de atendê-lo. Sempre que houver dúvida, pare imediatamente. Não procure racionalizar: "Por que será que não devo?" Deus nos instrui naquilo que escolhemos, ou seja, ele orienta nosso bom-senso e assim não ficamos sempre com vontade de interromper a atuação do Espírito com a pergunta: "E agora, Senhor, qual é a tua vontade?"

02/06/2010

2 de Junho
Está Obcecado Com Algo?
"Ao homem que teme ao Senhor..." Sl 25,12

Você se acha obcecado com algo? Talvez diga: "Com nada". Mas o fato é que todos nós nos apegamos a alguma coisa, em geral a nós mesmos, ou, se somos cristãos, à nossa experiência evangélica. O salmista diz que devemos ser apegados ao temor de Deus. Devemos estar permanentemente conscientes de Deus e não apenas pensar nele de vez em quando. Toda a nossa vida interior e exterior deve estar a ser influenciada pelo temor a Deus, pela consciência de sua presença. Uma criança é normalmente tão carente de sua mãe que, embora não esteja pensando nela, quando surge um problema, a primeira coisa que lhe ocorre é sua relação com ela. Assim devemos nós viver também, nos mover e existir em Deus, At 17,28 e relacionar tudo com ele, por estarmos mais conscientes dele do que de qualquer outra coisa deste mundo.
Se estamos de fato conscientes de Deus, nada mais pode interfe­rir, nenhuma preocupação, nenhuma tribulação, nenhuma ansiedade. Percebemos então por que razão o Senhor falou tanto do pecado da preocupação. Como nos atrevemos a ser tão incrédulos quando Deus está ao nosso redor? Estar consciente da presença de Deus “e andar e viver n’Ele”, At 17,28, é ter uma barreira eficaz contra qualquer dos ataques do inimigo.
"... Repousará a sua alma", Sl 25,13. Na tribulação, na incompreensão, na calúnia... Se nossa vida estiver oculta com Cristo em Deus, ele nos manterá tranquilos no meio de todas essas coisas. Mas às vezes nós nos privamos da maravilhosa revelação desse permanente compa­nheirismo de Deus. "Deus é o nosso refúgio", Sl 46,1 — nada nos invadirá dentro desse abrigo.

01/06/2010

1 de Junho
Uma Pergunta Que Deslumbra
"Filho do homem, acaso poderão reviver estes ossos?" Ez 37,3

Pode um pecador ser transformado num santo? Poderá uma vida corrompida tornar-se esclarecida e direita? A resposta é uma só: "Oh, Senhor, tu o sabes", Ez 37,3 Não venha com a lógica religiosa que diz: "Oh, sim, com um pouco mais de leitura bíblica, devoção e oração, acho que dá para isso acontecer".
Parece que é muito mais fácil fazer alguma coisa do que confiar em Deus; confundimos pânico com inspiração. É por isso que há tão poucos cooperadores com Deus e tantos que trabalham para Deus. Preferimos muito mais trabalhar para Deus, do que trabalhar com Ele, que confiar nele. Será que tenho absoluta certeza de que Deus fará o que eu não posso fazer quando estou com Ele? Eu me desespero dos outros na medida em que não percebo o que Deus tem feito por mim. Será que minha experiência do poder de Deus é tão maravilhosa que eu nunca venha a me desesperar seja de quem for que tropece em meu caminho? Será que Deus já operou em mim alguma obra espiritual desse calibre? A medida do pânico é proporcional à falta de experiência espiritual individual.
"Eis que abrirei as vossas sepulturas... ó povo Meu", Ez 37,12 Quando Deus quer mostrar-nos como é a natureza humana separada dele, tem de o fazer dentro de nós mesmos. Se o Espírito de Deus já lhe deu uma visão de como você é sem a graça de Deus, (e ele só o faz pela operação do Espírito Santo), você deve ter percebido que os crimes do pior criminoso não chegam a ser nem a metade dos que você poderia vir a praticar sem Deus e só não praticou por mera misericórdia ainda. Minha "sepultura" foi aberta por Deus e "sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum". O Espírito de Deus revela continuamente como se tornará a natureza humana na ausência da sua graça.